Noite passada eu vi minha alma
Flutua, é semitransparente, irradia luz, desloca‐se a grandes distâncias... Noite passada eu vi minha alma pelo reflexo do espelho. Ela desprendeu-se do meu corpo, afastou‐se e fugiu. Sob a escuridão salpicada por centelhas de luzes cintilantes, voou entusiasmada e sorridente. Tão inquieta era ela que brilhava no seu rosto a figura como a do sol da primavera de doces brisas. Eu me alegrei por ela, me iludi e disfarcei o pranto, que é fruto do desejo amordaçado.
Eber S. Chaves
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